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República Digital

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Personalidades

ALMEIDA, António José de (1866-1929)

Diplomado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1895. A publicação de “Bragança, o último” no jornalO Ultimatum (Coimbra, 23 Março 1890) conduziu-o a 3 meses de prisão. Integrou o Governo Provisório de 1910 como Ministro do Interior. Deputado à Constituinte de 1911. Presidente do Ministério entre 1916 e 1917 e Presidente da República entre 1919 e 1923.

ARRIAGA, Manuel de (1840-1917)

Diplomado em Direito na Universidade de Coimbra, no ano de 1865. Como advogado, tomou a defesa de António José de Almeida no processo decorrente do artigo “Bragança, o último”, no jornal  O Ultimatum (1890). Reitor da Universidade de Coimbra em 1910-1911. Deputado à Constituinte de 1911. Primeiro Presidente da República Portuguesa eleito, exercendo funções de 1911 a 1915.

BARRETO, Bissaia (1886-1974)

Estudante “Intransigente” durante a Greve Académica de 1907. Fundador da loja “A Revolta”. Integra o comité da Carbonária de Coimbra em 1909. Eleito deputado à Constituinte de 1911. Doutor em Medicina com a tese “O Sol em Cirurgia”, de 1915. Nomeado Catedrático de Clínica Cirúrgica da Universidade de Coimbra em 1942. Presidiu à Comissão das Comemorações do Cinquentenário da República.

BRAGA, Teófilo (1843-1924)

Doutorado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1868, com uma tese sobre os forais no Direito português. Professor do Curso Superior de Letras em Lisboa desde 1872. Presidente do Governo Provisório em 1910. Presidente da República Portuguesa em 1915.

CARVALHO, Anselmo Ferraz de (1878-1955)

Doutor em Filosofia (1901), com uma tese sobre “Fenómenos magneto-ópticos”, pela Universidade de Coimbra. Director do Observatório Meteorológico, de 1914 a 1922, e da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, entre 1933 e 1939. Presidente do Instituto de Coimbra (1945-1954). Presidente da Comissão Distrital de Coimbra do Movimento de Unidade Democrática (1946).

CARVALHO, Joaquim de (1892-1958)

Doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra, com a tese “António de Gouveia e o aristotelismo da Renascença”, depois de ter cursado também Direito. Nomeado Professor da Faculdade de Letras da UC desde 1916. Opôs-se ao projecto do Ministro da Educação Leonardo Coimbra de transferir a Faculdade de Letras de Coimbra para o Porto (1919). Pugnou por um ensino superior independente de interferências políticas e religiosas. Director da Imprensa (1921-1934) e da Biblioteca Geral (1927-1931) da Universidade de Coimbra.

COSTA, Afonso (1871-1937)

Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra (1895), com a tese “A Igreja e a questão social”. Ministro da Justiça do Governo Provisório, entre 1910 e 1911 – entre outras, promulgou as leis do divórcio e da separação do Estado das Igrejas. Deputado à Constituinte de 1911. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças em 1913-1914, 1915-1916 e 1917. Presidente da delegação portuguesa junto da Sociedade das Nações (1920).

CURTO, Ramada (1886-1961)

Diplomado em Direito pela Universidade de Coimbra (1905-1910). Fundador do Centro Académico Republicano de Coimbra (1906). Foi um dos líderes da greve académica de 1907. Organizou o Comité da Carbonária de Coimbra. Deputado à Constituinte de 1911. Ministro das Finanças em 1919 e Ministro do Trabalho em 1921.

FALCÃO, José (1841-1893)

Doutorado em Matemática pela Universidade de Coimbra em 1869, com uma tese relativa ao movimento dos corpos do sistema planetário, e Professor da mesma Faculdade. Em 1871 tomou partido pela Comuna de Paris, escrevendo o folheto (que saiu anónimo) “A Comuna de Paris e o governo de Versalhes”, tornando-se depois uma das figuras evocadas pela geração do Ultimato. A sua Cartilha do povo teve em 1896 uma edição popular promovida pelos estudantes republicanos de Coimbra.

FERNANDES, Aureliano de Mira (1884-1958)

Um dos estudantes Intransigentes da greve académica de 1907. Doutorou-se em 1911 com uma tese relativa a “Teorias de Galois” e tornou-se Professor de Matemática na Universidade de Coimbra. Professor catedrático do Instituto Superior Técnico de Lisboa (1911-1954).

FONSECA, Ângelo da (1872-1942)

Doutor em Medicina na Universidade de Coimbra em1902 com a tese “A peste: ensaios de patologia exótica”. Professor Catedrático da Faculdade de Medicina e Director dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Em 1909 introduziu a especialidade de Urologia em Portugal. Director-geral da Instrução Secundária, Superior e Especial (1911-1912). Foi um dos mentores da criação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

GARCIA, Manuel Emídio (1838-1904)

Doutorado em Direito na Universidade de Coimbra, em 1862, com a tese “Estudo sobre a legislação de águas”, tornando-se Professor da mesma instituição dois anos depois. Introduziu o positivismo nos estudos jurídicos em Coimbra. Fundador do semanário republicano conimbricense O trabalho, que se publicou em 1870.

GOMES, António Luís (1863-1961)

Diplomado em Direito pela Universidade de Coimbra em 1890. Dirigiu a Associação Académica durante 4 anos. Ministro do Fomento no Governo Provisório da República Portuguesa. Exerceu o cargo de reitor da Universidade de Coimbra em 1921-1923.

GOMES, Rui Luís (1905-1984)

Doutor em Matemática em 1928, com a tese “Sobre o desvio das trajectórias dum sistema holónomo”, e Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Apresentou candidatura (que foi rejeitada) à Presidência da República em 1951, pelo Movimento de Unidade Democrática. Preso por várias ocasiões pela sua oposição ao Estado Novo de Salazar. Nomeado em 1975 reitor vitalício da Universidade do Porto.

GRANJO, António (1881-1921)

Dirigente destacado na Greve Académica de 1907, ano em que concluiu os estudos em Direito na Universidade de Coimbra. Ministro da Justiça em 1919, Ministro da Agricultura em 1920 e Ministro do Comércio e Comunicações em 1921. Presidente do Ministério em 1920 e em 1921, tendo sido assassinado neste último ano, na "noite sangrenta" de 19 de Outubro.

LIMA, Sílvio (1904-1993)

Com Paulo Quintela, Carlos Cal Brandão e Vitorino Nemésio, fundou o jornal republicano académico Gente nova, publicado em Coimbra em 1927-1928, em paralelo com a renovação da actividade do Centro Republicano Académico de Coimbra. Doutorou-se em Filosofia na Universidade de Coimbra em 1928, com uma tese sobre “O problema da recognição”, tornando-se depois Professor da Faculdade de Letras. Integrou a oposição republicana ao regime de Salazar, pelo que foi um dos docentes afastados do ensino em 1935 – reintegrado em 1942.

MACHADO, Bernardino (1851-1944)

Doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra em 1876, com a tese “Dedução das leis dos pequenos movimentos periódicos próprios da força elástica”, e Professor Catedrático da mesma Faculdade em 1879. Ministro das Obras Públicas em 1893-1894. Presidente do Instituto de Coimbra (1896-1908). Pede a exoneração de catedrático da UC, em solidariedade com os estudantes da greve académica de 1907. Integrou o Governo Provisório da 1ª República, em 1910, como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Presidente do Ministério em 1914 e em 1921. Presidente da República Portuguesa, em 1915-1917 e em 1925-1926. Opositor ao regime do Estado Novo.

MONIZ, Egas (1874-1955)

Com a tese “A vida sexual: fisiologia e patologia”, doutorou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra (1901), onde leccionou até 1911. Pediu depois transferência para a Universidade de Lisboa. Ministro de Portugal em Madrid, durante o governo de Sidónio Pais (1917-1918). Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918-1919), chefiou a delegação portuguesa à Conferência de Paz em Paris. Prémio Nobel de Medicina em 1949.

NEMÉSIO, Vitorino (1901-1978)

Na Universidade de Coimbra estudou Direito, Ciências Históricas e Geográficas e Filologia Românica, vindo a concluir este último curso em Lisboa, em 1930, onde se tornou Professor Universitário. Durante a sua permanência em Coimbra, trabalhou como revisor da Imprensa da Universidade, colaborou em jornais e participou em diversos movimentos cívicos e políticos. Foi Presidente do Centro Republicano Académico de Coimbra em 1928 e co-fundador do periódico académico republicano Gente nova.

PAIS, Sidónio (1872-1918)

Entrou na Escola do Exército em 1888 e alcançou a patente de Major de Artilharia em 1916. Doutor em Matemática pela Universidade de Coimbra em 1898 com a tese “Introdução à teoria dos erros das observações”. Catedrático de Cálculo Diferencial e Integral da mesma Universidade entre 1898 e 1918. Profere, em 1908, a oração de sapiência sobre a extensão universitária. Ministro do Fomento em 1911, das Finanças em 1911-1912, da Guerra e dos Negócios Estrangeiros em 1917-1918. Ministro Plenipotenciário de Portugal em Berlim (1912-1916). Presidente da República em 1917-1918.

QUINTANILHA, Aurélio (1892-1987)

Doutorado em Ciências Biológicas com a tese “Contribuição ao estudo dos Synchytrium” (1926) e Catedrático (1926-1935) da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Introdutor dos estudos de Genética em Portugal. Demitido compulsivamente da função pública em 1935 pelo governo de Salazar. Prossegue no estrangeiro a sua actividade científica e obtém o Prémio Hensen em 1937. Dirigiu em Moçambique o Centro de Investigação Científica Algodoeira.

SILVA, Mário (1901-1977)

Diplomado em Física pela Universidade de Coimbra no ano de 1922. Doutorou-se em Paris com a tese “Recherches expérimentales sur l´électroaffinité des gaz” em 1928. No estrangeiro teve oportunidade de contactar com nomes importantes da Ciência, nomeadamente no laboratório de Madame Curie. Catedrático da Faculdade de Ciências desde 1931. Opositor ao Estado Novo militando em diversas organizações clandestinas, acabando por ser expulso da actividade docente. Representante de Coimbra no Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista (MUNAF). Vice-Presidente da Comissão Distrital de Coimbra do Movimento de Unidade Democrática (1946).